Condenado por corrupção ativa e
formação de quadrilha no julgamento do mensalão, o ex-presidente do PT José
Genoino ganhou apoio do partido para reassumir uma vaga na Câmara dos Deputados
a partir do início de 2013.
Ele pretende herdar a cadeira do
petista Carlinhos Almeida, eleito para a Prefeitura de São José dos Campos, no
interior paulista.
Na eleição de 2010, Genoino foi
candidato a deputado federal, mas não teve votos suficientes e ficou como
suplente do partido.
A cúpula do PT, que já fez desagravo ao
ex-dirigente depois das condenações no STF (Supremo Tribunal Federal), já
decidiu dar respaldo à sua posse em Brasília.
"O Genoino é o suplente e vai
assumir. Sem problema nenhum", disse à Folha o
presidente do PT, Rui Falcão, na festa da vitória do prefeito eleito de São
Paulo, Fernando Haddad.
Apesar do impacto negativo das
condenações na opinião pública, deputados petistas têm manifestado internamente
que sairão em defesa da volta do ex-dirigente à vida pública.
"Genoino precisa recuperar a sua
cidadania política", diz Paulo Teixeira (PT-SP), cotado para assumir a
vice-presidência da Câmara em 2013, quando a Casa voltar ao comando do PMDB.
A hipótese de retorno do ex-deputado
vinha sendo tratada com discrição durante a campanha para não prejudicar candidatos
petistas.
Com a eleição de Haddad garantida, a
defesa dos condenados no mensalão volta à pauta do PT, que divulgará uma nota
sobre o resultado do julgamento nos próximos dias (leia nesta página).
OBSTÁCULOS
Os planos de Genoino ainda podem
esbarrar na decisão do STF. Petistas dizem que é preciso aguardar o fim do
julgamento para saber se a pena de perda de função pública, aplicada a réus do
processo, pode impedir a posse do ex-presidente da sigla.
A defesa dele sustenta que as punições
só valerão a partir da publicação do acórdão do STF, que ainda pode demorar até
seis meses.
Com isso, Genoino poderia tomar posse
em janeiro e esperar a decisão exercendo seu mandato na Câmara.
O advogado do petista, Luiz Fernando
Pacheco, diz que ele ainda não teria decidido se assume a vaga na Câmara, mas
afirmou não ver qualquer obstáculo para que ele tome posse.
FICHA LIMPA
"A princípio, não há impedimento
para isso", diz.
Como a Lei da Ficha Limpa não se
aplicou às eleições de 2010, os petistas sustentam que o texto também não
poderá ser evocado para impedir a posse do ex-deputado.
O partido também tem um argumento
pronto para defender o mandato de seu ex-presidente caso o acórdão do STF
determine a perda do cargo. Neste caso, o PT vai sustentar que a decisão de
cassar o deputado cabe exclusivamente à Mesa da Câmara.
Essa questão já está em debate no caso
do deputado João Paulo Cunha (PT-SP).
A cúpula do PT decidiu retirar a
candidatura de João Paulo à Prefeitura de Osasco, mas ele permanece com seu
mandato em Brasília.
Fonte: Folha On Line
O povo nao tem noção nao, ave maria -.-'
ResponderExcluirnada haver do caraio
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